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Resenha: Os Filhos de Húrin – J.R.R.Tolkien   6 comments

Olá Galera do Livros com Pipoca!

Hoje tem resenha!!! E será uma resenha muito especial para mim pois será do livro “OS FILHOS DE HÚRIN“, do autor e mestre J.R.R.Tolkien, que foi publicado pela editora WMF MARTINS FONTES, e eu sou muito fã de Tolkien. Assim já peço desculpas se essa resenha ficar demasiada grande!!!!

OS FILHOS DE HURIN

Vale salientar que as histórias contadas aqui em “Os Filhos de Húrin” foram escritas por J.R.R.Tolkien em diversas versões, formatos e manuscritos, de forma que foi o seu filho Christopher Tolkien que teve a honra de organizar e sintetizar e todas essas histórias afim de colocá-las em uma só obra com uma ordem cronológica dos acontecimentos. Por essa razão fiz questão de colocar a seguir um pequeno trecho das palavras de Christopher na introdução do livro:

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Vale ressaltar também que a história de “Os Filhos de Húrin” já existia no livro “O Silmarillion“, também de J.R.R.Tolkien, em uma forma bem mais resumida, mas sem deixar nenhum ponto importante de fora. Assim, fica bem claro que o livro é mais voltado para aquelas pessoas já iniciadas no mundo de Tolkien sendo assim recomendado que se leia primeiramente “O Silmarillion” para depois ler o “Os Filhos de Húrin“, assim você já conhecerá todo o contexto na qual se passa a história, bem como os devidos lugares e personagens mais importantes e que determinam todo o desfecho da história, como por exemplo Morgoth, Húrin, Melian, Turgon, Thingol, Glaurung, etc. No entanto, por se tratar de uma história menor e fechada, dentro de uma história bem maior, nada impede de alguém ler “Os Filhos de Húrin” sem ter conhecer as histórias anteriores. Mas repito cm toda certeza que aquelas pessoas que já conhecem o contexto irão aproveitar bem melhor a leitura e desfrutar de maneira completa toda a narração e emoção passada pelo autor.

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Sinopse: Muito antes da era de O Senhor dos Anéis, Morgoth, o primeiro Senhor do Escuro, lança uma terrível maldição contra toda a família de Húrin, o homem que tinha ousado desafiá-lo frente a frente. Assim, os destinos de Túrin e de sua irmã Niënor serão tragicamente entrelaçados. A vida breve e apaixonada dos dois irmãos é dominada pelo ódio de Morgoth, que envia seu mais temível servo, Glaurung, poderoso espírito na forma de um enorme dragão de fogo sem asas, numa tentativa de cumprir sua maldição e destruir os filhos de Húrin.
Resenha: Em “Os Filhos de Húrin” é narrada a história de Túrin e a sua irmã Niënor, filhos de Húrin, um dos maiores heróis humanos da primeira era da Terra-média. Não vou me alongar muito na narrativa da história, mas basicamente, tudo começou quando Húrin é capturado por Morgoth durante a Quarta Grande Guerra de Beleriand. Ocorre que nessa ocasião o que mais o Senhor do Escuro deseja é saber a localização da fortaleza secreta de Turgon, o último príncipe dos Noldor (Elfos), assim ele começa a chantagear Húrin para que o mesmo revele essa localização. No entanto, Húrin desafia Morgoth dentro de seus próprios domínios e, apesar de todas as ameaças feitas, não revela a localização da fortaleza de Turgon. Morgoth então, furioso pela afronta do humano, joga sobre ele e toda a sua família uma maldição, afirmando que todo o ódio do seu coração estará perseguindo-os onde quer que eles estejam, trazendo assim a ruína e a desgraça para a sua família. Assim então começa a história de Túrin e Niënor, filhos de Húrin, os seus caminhos e suas lutas para conseguir escapar da maldição e da perseguição de Morgoth.

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Os capítulos começam contando a infância de Túrin e como a vitória de Morgoth na batalha e a captura de seu pai, que é rei da cidade dos homens onde ele vive, afeta a sua vida e da sua mãe Morwen. Os capítulos seguintes vão evoluindo conforme Túrin vai fazendo as suas escolhas, sempre no desejo de se livrar da perseguição de Morgoth, sem se importar com o efeito que essas escolhas causam as pessoas à sua volta e em como elas afetam os lugares por onde ele passa, sempre deixando um rastro se destruição para trás.
Neste caminho Túrin se torna um grande homem, digno de sua descendência, um grande senhor e guerreiro, mas essa má sorte está sempre acompanhando-o em suas decisões, que, por mais que sejam bem intencionadas, acabam trazendo o mal para aqueles que o cercam, inclusive para sua irmã, Niënor, a qual acaba reencontrando após muitos anos.
Em algumas vezes Túrin tenta até mudar de nome a fim de tentar escapar da maldição, como quando ele passou a ser chamado de Turambar (Senhor do próprio destino) na tentativa de viver uma vida pacífica e tranquila. No entanto a destruição sempre foi atrás dele, e foi aí que ocorreu a maior de todas as desgraças de sua vida. Outro destaque da história é também a queda de Nargothrond, onde Túrin teve a participação direta nessa tragédia.

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Com uma narrativa em um tom muito mais sombria e trágica que as suas demais obras, como a trilogia de O Senhor dos Anéis e O Hobbit, Tolkien coloca para nós a discussão a cerca de até que ponto temos o direito de tomar as nossas próprias decisões sem se importar o quanto isso vai custar para outras pessoas e também até que ponto nós, através de nossas escolhas, conseguimos escapar do nosso destino já escrito.
Vale também destacar o incrível trabalho da Editora Martins Fontes em manter na edição traduzia para o português  as incríveis ilustrações da versão original feitas pelo artista Alan Lee, que foi o artista responsável por outras ilustrações de O Hobbit e da trilogia de O Senhor dos Anéis, bem como da arte conceitual dos filmes de Peter Jackson.

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Na minha modesta opinião este é o melhor livro do mestre Tolkien após a trilogia de O Senhor dos Anéis, mais uma obra que vem mostrar a genialidade deste escritor que conseguiu criar não só uma história, mas toda uma lenda repleta de histórias, poemas, contos e tragédias e fazem com que nós fãs nos apaixonemos cada vez mais por tudo isso.
Eu MEGA recomendo esse livro, uma obra prima que não deve faltar em nenhuma estante e lista de leitura!!!
Que já leu comente aqui o que acharam do livro. E os que não leram ainda mas pretendem ler contem depois pra gente com foi.
Espero que gostem tanto quanto eu!!!
Abraços e beijos, Berma! 😉